Em A Mosca Azul, Frei Betto nos conta a trajetória do Partido dos Trabalhadores de seu surgimento – quando da necessidade de uma representação institucional de um grande movimento emergente no final dos anos 70 – até sua chegada ao governo. Fala das mudanças que ocorreram antes e depois disso. Há pouco tempo, seguindo recomendação do Diário Gauche, li excelente análise da Marilena Chauí sobre as transformações recentes (e as nem tão recentes também) sofridas pelo PT.
Em ambos os textos, está presente um indisfarçável desencanto. Penso que esse é um sentimento comum de grande parte dos petistas, senão da maioria. A pergunta que nos ocorre é “quando (e como) nos transformamos nisso?” Foi o que me perguntei durante os últimos dias, quando a briga interna do PT de Santa Maria, entre os grupos do prefeito Valdeci e do deputado Fabiano Pereira, ganhou as páginas dos jornais. Brigando por espaço, os “caciques” – como a mídia já está os chamando – fizeram seus correligionários protagonizarem momentos verdadeiramente patéticos na Câmara de Vereadores (veja a novela toda no blogue do Claudemir Pereira).
Tudo isso quando se aproxima mais um Processo de Eleições Diretas (PED) do PT, no qual, mais uma vez, não há esperanças de maiores mudanças nos rumos do partido. Aliás, no PT, parece que as mudanças sempre são para pior.
• Foto do Deputado Fabiano Pereira (D) sacada da página do Pacto pelo Rio Grande;
• Foto do Prefeito Valdeci Oliveira (E) tirada da página da Prefeitura Municipal de Santa Maria.
• Foto do Prefeito Valdeci Oliveira (E) tirada da página da Prefeitura Municipal de Santa Maria.
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