sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Ainda o REUNI: forte aparato de repressão acompanha protesto estudantil

Na manhã de hoje o Conselho Universitário da UFSM, mais uma vez, discutiu o REUNI sem deliberar sobre o programa. O parecer dos estudantes foi apresentado, sendo que uma das recomendações que trazia foi aceita: o processo baixou em diligências para que seja suprida a falta de pronunciamento da Procuradoria Jurídica e da Pró-reitoria de Planejamento.

Enquanto isso, do lado de fora, os estudantes – acampados em frente ao prédio da Reitoria desde ontem – protestavam, vigiados por considerável força policial. Desta vez, além da Polícia Federal e da guarda interna, estava presente o Batalhão de Operações Especiais (veja o vídeo da chegada dos comandantes do BOE).

Um dirigente nacional da ANDES (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior), que participava de um seminário sobre Fundações de Apoio, veio até o local do protesto para prestar solidariedade. Fez um breve discurso sobre o REUNI e sobre Autonomia e Democracia nas Universidades (vídeo), recebendo forte ovação dos manifestantes. O mesmo não ocorreu com o Reitor da UFSM, Clóvis Lima, que entrou na instituição sob o coro de “Fora Lima”.

7 comentários:

Fagner Garcia Vicente disse...

se não funcionar o link pro parecer, me manda um e-mail, ou deixa um recado, que eu envio.

Ah, e se alguém souber o nome do dirigente da ANDES...

Paulo Vilmar disse...

Sr f.!
Retiro tudo que disse sobre o Reitor Lima, num comentário abaixo. Vendo estas fotos e vídeo confesso que me assustei. Isto que está acontecendo na Universidade é um absurdo, um abuso, um ato totalmente autoritário de responsabilidade, sim, do Reitor. Cadê a imprensa para cobrir esses rompantes ditatoriais, mesmo na Ditadura, se a polícia federal, civil e o BOE resolvessem entrar na Universidade seria manchete. Agora eles entram a pedido do Reitor!!!!
Tristes tempos esses do Sr. Lima et catrefa! Armas pesadaas, de guerra, prontas para atirar em estudantes desarmados? Hitler é pouco...
Abraços!

Júlio Canello disse...

Ter o processo baixado para diligências na PROJUR é positivo, mas talvez meramente protelatório.

Li o parecer. Bom.

Lamentável ver aquelas figuras no Pampa Meio-Dia lendo o texto com cara de quem comeu e não gostou.

Sem a ação do ME certamente não haveria nada disso.

Por outro ponto de vista, o interdito proibitório e o BOE não são perdas, mas ganhos. Representam o nível de tensionamento resultante da luta e da reivindicação.

Anônimo disse...

Realmente uma palhaçada o que aconteceu na reitoria! Impedir a entrada dos estudantes só legitima a falta de democrásia no processo reuni!

Sei de cursos que estão precisando de materias, que só ganharam se fizerem um projeto de adesão ao reuni, dobrando o seu numero de alunos!

Fagner Garcia Vicente disse...

Eu ainda tenho minhas dúvidas. Ou o Lima é muito burro de se desgastar desse jeito, ou muito esperto para fazer o REUNI "render". O REUNI é uma pauta de grande aceitação na sociedade, por isso, talvez, o desgaste pelos atos de repressão não seja tão grande (não podemos esquecer que a grande maioria da população é fã do Cap. Nascimento). Por esse ponto de vista dá pra entender porque ele acatou o nosso parecer e baixou o processo em diligências.

Além dele, se fortalece a parcela do Movimento Estudantil que é radicalmente contrária ao REUNI (PSOL), pois vão usar esses dias para atos e mais atos...

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Paulo Rizzo, o nome do dirigente da ANDES