segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Rara unidade


O ato tresloucado da Administração da UFSM de pedir judicialmente um Interdito Proibitório contra manifestações das entidades estudantis conseguiu uma façanha raríssima na história da Universidade. Na manhã de hoje, todas os grupos políticos de estudantes uniram-se em um ato de repúdio à medida intimidatória. Até mesmo as divergências em relação ao REUNI - objeto de toda a discussão - foram momentaneamente superadas, em defesa dos instrumentos históricos de mobilização e protesto do ME.

Amarrados e amordaçados, os estudantes demonstraram sua inconformidade em relação à forma com que temas importantes, como o REUNI, vêm sendo tratados nas universidades brasileiras.
O protesto foi organizado pelas correntes de esquerda do ME, derrotadas nas últimas eleições ao DCE. Não obstante, os 4 representantes do Diretório Central presentes apoiaram o ato. Durante a sessão, diversos conselheiros fizeram críticas à medida judicial, defendendo um diálogo maior com os estudantes. Justificando a ação, o Reitor Clóvis Lima - que recebeu um sonoro "heil Hitler!" na saída do Conselho - disse estar procurando "evitar conseqüências mais desastrosas".

A sessão, que durou cerca de 4 horas, terminou com o pedido de vista ao processo do Diretório Central dos Estudantes, obedecendo à deliberação do Conselho de DAs. Durante seu curso, os manifestantes permaneceram no local, recebendo, inclusive, a visita da Polícia Federal, que fotografou e filmou os estudantes - mas não escaparam de serem também fotografados e filmados.


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