

Por volta das 11h da manhã, os trabalhadores rurais sem
terra e apoiadores chegaram à praça Saldanha Marinho, acompanhados por algumas unidades da Brigada Militar.

Na praça houve a tradicional mística do movimento e pronunciamentos dos representantes das entidades presentes. Também discursou o Prefeito Valdeci Oliveira (PT), ressaltando que sua administração sempre apoiou as mobilizações sociais, mesmo contrariando "os poderosos e a direita conservadora" de Santa Maria. Valdeci ainda criticou duramente os Vereadores da cidade, pelos pronunciamentos contra a marcha do MST e pela ausência no ato (esta última crítica, caramente dirigida aos seus próprios correligionários).
Durante toda a mobilização, os integrantes do movimento buscaram dialogar com a população de Santa Maria sobre os motivos do ato e da marcha à fazenda Guerra. Abaixo parte do texto do panfleto distribuído pelo MST:
MARCHAMOS POR TERRA, TRABALHO E PARA PRODUZIR ALIMENTOS
Somos 2.500 famílias sem terras. Marchamos para que os Governos cumpram a Constituição: toda terra improdutiva e que não cumpre sua função social deve ser desapropriada. Porém, a lei não vem sendo cumprida: em 5 anos, menos de 800 foram assentadas pelo Govreno federal, enquanto neste mesmo período, o Governo do Estado nada fez na reforma agrária.
A Fazenda Guerra
Você acha justo que uma única pessoa seja dona de quase 30% de um município inteiro? E que mesmo om 9 mil hectares de terra, essa fazenda gere apenas 2 empregos fixos e 20 empregos temporários? Ou que os impostos que esta fazenda gera para o município (6%) seja igual ao que geram 4 aviários de pequenos agricultores?
E você acha justo que a produção desta fazenda seja para exportação, além de não comprar máquinas e insumos no comércio da região?
Assim é a Fazenda Guerra, em Coqueiros do Sul. Uma fazenda que não cumpre sua função social. A desapropriação desta fazenda tem o apoio de 23 prefeitos da região, além de Igrejas, parlamentares, sindicatos e entidades da sociedade.
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