Na última semana, os Movimentos Sociais (os de verdade, nada de riquinhos entediados) saíram a campo, exercer seu legítimo papel de pautar os debates nacionais.
No dia 21, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) ocupou a Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Ação Social, em Porto Alegre, além de promover mobilizações em outras cidades do Estado, conforme informa por correspondência eletrônica, o companheiro Portela, do MTD. A polícia foi acionada para desocupar o local e houve resistência.
O BOE e sua truculência contra os Movimentos Sociais
(foto enviada por Elenílso Portela via e-mail)
No dia seguinte, quase 50 mil mulheres campesinas foram à Brasília, participar da Marcha da Margaridas. Segundo a coordenadora de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, em entrevista para a Agência Brasil, o principal objetivo da Marcha das Margaridas, desde o ano 2000, é discutir o tema da fome, da pobreza e da violência contra a as mulheres. Além disso, sobraram protestos contra a reforma da Previdência, especialmente a mudança da idade mínima para aposentadoria das trabalhadoras.
22 de agosto também foi o dia das principais mobilizações da Jornada Nacional de Lutas pela Educação, organizada e coordenada pela UNE, MST, CUT e outros Movimentos. A Jornada luta pela ampliação dos investimentos em educação (a um patamar mínimo de 7% do PIB) e a criação de um Plano Nacional de Assistência Estudantil. A faculdade de Direito da USP foi ocupada em ato simbólico, mas a manifestação foi violentamente reprimida pela polícia militar de São Paulo.
Há alguns dias, comentei que a Economia Popular Solidária me parece o grande caminho para a superação do capitalismo, ou, ao menos para formar dentro dele o gérmen de um outro sistema. Da mesma forma, acredito que os Movimentos Sociais são hoje o caminho político de combate ao sistema vigente. A esquerda "institucional", a cada dia, dá mostras de sua falência, o que reforça ainda mais a importância dos Movimentos para a luta por um país menos injusto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário