Não iria comentar o fim da CPMF. Acredito já ter dito o suficiente sobre a contribuição e outros tributos. Contudo, escutando o programa Sérgio Capriolli, na Rádio Medianeira (sim, eu ouço bastante rádio, efeitos de não se ter televisão), achei interessante a observação do apresentador - que está longe de ser um "petista ou simpatizante", diga-se.
Capriolli lembrou que os criadores da CPMF comemoram seu fim e que um dos líderes da campanha pela não-renovação, Pedro Simon, votou a favor. E mais: todos eles (liderados por FHC), no dia seguinte, propuseram a recriação do tributo em 2008. Ou seja, não gostariam de governar o país, ou seus Estados, sem os 40 bilhões da CPMF. O que importava era "impor uma derrota a Lula", como estampou aquele arremedo de revista que a Globo vende.
Parabéns ao Sérgio Capriolli por ter independência e coragem de ir contra a opinião única. Confesso que escutava o programa (Medianeira, 100.9 FM, das 7h às 8h da manhã) pela excelente seleção musical, mas vou passar a prestar mais atenção nos comentários do apresentador.
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Além das contradições apontadas por Capriolli - dos tucanos e de Simon - eu aponto outra, que julgo ainda mais grave: o PSOL - fazendo, mais uma vez, coro com a direita - votou pela rejeição da CPMF. O partido de Heloísa Helena, apesar de abrigar Plínio Arruda Sampaio e Cesar Benjamin, está cada vez mais parecido com a ultra-esquerda anti-chavista venezuelana. Ou, talvez, estejam apenas se adequando à sua base eleitoral - pequena burguesia reacionária e moralista que é contra tributos e não precisa de Fome Zero. Viva o partido dos "coerentes".
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