De Já Hoje A trotezito no mais
Sempre gostei da morena
Como é linda a liberdade
Ausente por alguns dias. Na volta, Fronteira Oeste e Missões.
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De Já Hoje
Embora o povo não tenha conseguido entrar na Fiergs para ver o Presidente, no portão da entidade os membros do MNLM e Central dos Movimentos Populares, fizeram sua festa de agradecimento. Aliás, uma recompensa mais que merecida, após tantos anos de luta. Cinco representantes, entre eles Cristiano Schumacher, líder do MNLM na cidade, participaram da solenidade, na qual estavam presentes, além de Lula, Dilma Roussef, Tarso Genro, o prefeito Valdeci e a governadora Yeda Crusius.
Cratera), Yeda questionou: "Mas tua cidade é assim?"
O BOE e sua truculência contra os Movimentos Sociais
(foto enviada por Elenílso Portela via e-mail)
No dia seguinte, quase 50 mil mulheres campesinas foram à Brasília, participar da Marcha da Margaridas. Segundo a coordenadora de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Carmen Foro, em entrevista para a Agência Brasil, o principal objetivo da Marcha das Margaridas, desde o ano 2000, é discutir o tema da fome, da pobreza e da violência contra a as mulheres. Além disso, sobraram protestos contra a reforma da Previdência, especialmente a mudança da idade mínima para aposentadoria das trabalhadoras.
A figurinha abraçada ao novo presidente dos tucanos é Eduardo Barin, o Duda, coordenador recém-eleito do DCE/UFSM. Eterno candidato, Duda mostra a que veio. Defender os interesses estudantis? Nada. Sua intenção é usar uma das entidades com maior representatividade em Santa Maria para promover sua candidatura à vereança. E, claro, combater o mal (leia-se o PT). O texto e as imagens acima são parte do trabalho "Segurança Internacional e Terrorismo", escrito e apresentado por mim e pelo colega Cesar F. Jacques na disciplina de Direito Internacional Público. Caso alguém queira a apresentação completa, em .ppt, entre em contato pelo e-mail que está no rodapé do blogue. Foi impossível encontrar os autores das fotos. As que retratam trabalhadores rurais sem-terra são de Sebastião Salgado.
Porque o discurso oportunista dos PSTU e P-Sol da vida quem faz muito bem é a pretensa elite brasileira que, mesmo tendo um governo que mantém seus privilégios, ainda não conseguiu engolir o ex-operário barbudo. Camaradas: vocês não são os donos ou guardiões da esquerda. E seus métodos são muito parecidos com a "elite decente" aí do lado.
Contudo, o repúdio à conduta da imprensa capitalista em relação ao governo Lula não pode se converter na defesa cega deste. Brilhante, neste sentido, a crítica que transcrevi acima. Como filiado ao PT e militante de movimentos sociais, não quero mais escutar a cantilena do “centralismo democrático”: criticar dentro de casa e defender na rua.
Mas a falta de críticas, como diz o Scharlau, empurra o governo ainda mais para a direita. Deixamos de disputar os rumos de um governo que levamos duas décadas para construir.
Quatro dias de vento norte ininterrupto são o suficiente para causar danos à cidade, especialmente, ao equilíbrio mental dos seus habitantes. Contudo, nesta quarta-feira, os estragos do vento atingiram proporções dantescas: 120 hectares de pinus e eucalipto queimados na estação experimental da Fepagro, a cerca de 15 km da zona urbana de Santa Maria. O incêndio começou após a ventania provocar um curto circuito na rede elétrica que atravessa a área. Realmente, impossível não falar do vento; ao menos do vento norte de Santa Maria.
Sim, eu poderia falar sobre o vento, se diversos edifícios públicos de Santa Maria - entre eles o Theatro 13 de Maio, a Casa de Cultura e Biblioteca Municipal - não estivessem sem energia elétrica porque a Prefeitura Municipal não paga à AES Sul a taxa de iluminação pública.
Quem sabe eu falasse do vento se o ensino público do Rio Grande do Sul não estivesse sendo desmontado, enquanto o Banrisul, em processo de privatização, tem os maiores lucros de sua história.
Hoje os colégios estaduais da cidade começaram a empilhar estudantes nas salas-de-aula para reduzir o número de professores da rede pública. E isso não me permite falar do vento.
Duas atitudes de magistrados causaram polêmica nos últimos meses. Um dos casos, mais remoto, é a suspensão de uma audiência pelo juiz trabalhista (!!!), Bento Luiz de Azambuja Moreira, porque o reclamente estava de chinelos de dedo. Há poucos dias outro juiz virou notícia ao julgar a queixa-crime do jogador Richarlyson contra o cartola que o havia chamado de homossexual num programa de televisão. Na sentença, o juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho diz que "futebol não é coisa para homossexual" e, ainda, que se os gays quiserem jogar, que façam seus times, suas federações. "Cada macaco em seu galho" - diz o ilustre julgador.("Mais um dia sem trabalho" - foto de Karina)
E nem é incompreensível que essas coisas aconteçam todo dia. Se considerarmos quem são e de onde vêm os magistrados brasileiros, não nos espantaremos. Eles fazem parte de uma classe que eu chamo de pseudo-aristocracia brasileira. São os descendentes dos senhores de engenho, barões de café e de toda a oligarquia rural falida, que, após a industrialização do país, tornaram-se bacharéis, mantendo suas regalias às custas do Estado. Fenômeno parecido aconteceu com a nobreza européia após a Revolução Francesa e o início da era industrial.
E as faculdades de Direito? De dentro de uma - por sinal uma das que formam mais futuros juízes - posso dizer que elas contribuem muito para que existam Azambujas Moreira e Junqueiras Filho. Com sua homogeneização forçada, seu discurso tecnicista e acrítico que esconde os dogmas conservadores perpetuados na estrutura da Justiça brasileira. O caráter humano do Direito é repudiado. Leis, códigos. Nada de realidade, sequer literatura. Devemos ser técnicos. E esquecer que trabalhamos exatamente com os dramas das pessoas.
Uma notícia dos últimos dias me fez "ter umas idéias". Leio, no Vermelho, que a OAB está discutindo a proposta do jurista Fábio Konder Comparato - por sinal, um dos maiores constitucionalistas do Brasil - de que seja realizada uma Assembléia Nacional Constituinte (ou Revisora) para tratar da reforma política. Como isso não me pareceu novidade, fiz uma rápida pesquisa e descubro (relembro) a mesma proposta partindo do presidente Lula, em agosto de 2006.Eu sei, eu sei... paranóia minha.
foto: Fábio Konder Comparato (tirada do sítio Vermelho)
É interessante o debate acerca da democratização da informação promovida pela internet. Os "novos" meios eletrônicos de comunicação possibilitam uma inédita pluralidade de fontes, discursos, opiniões. Porém, ainda atingem uma parcela muito pequena da população. Democratizar a informação implica em democratizar o acesso a ela...
O tradicional Jornal A Razão - que já foi dos Diários Associados de Chateaubriand - disputa com o periódico local da RBS o título de pior veículo de comunicação da Cratera. A entrevista com a governadora Yeda Crusius, publicada neste fim de semana, no entanto, lhe garantiu a dianteira. Nem a RBS faria melhor (ou pior?).